A Cimeira Internacional dos Direitos Humanos, realizada em Genebra, apela à implementação mundial da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
Contando com a presença de defensores dos Direitos Humanos, funcionários governamentais, corpos diplomáticos e Organizações Não–Governamentais, a cimeira de três dias foi inaugurada pela presidente e fundadora da Youth for Human Rights International, Dra. Mary Shuttleworth, organizadora chave da conferência de três dias, e pelo co–organizador o Sr. Adalbert Nouga da organização não–governamental Village Suisse.
Ambos destacaram o propósito da cimeira destinada a representantes da juventude: aumentar a consciência dos Direitos Humanos e a utilização da Declaração Universal dos Direitos do Homem como ferramenta para resolver as violações dos Direitos Humanos.
Foi feito na cimeira o lançamento internacional de A História dos Direitos Humanos, uma curta–metragem impressionante produzido em colaboração com o Departamento de Direitos Humanos da Igreja de Scientology Internacional. O documentário define em termos simples o tema dos Direitos Humanos. Shuttleworth disse que o filme é “um presente para os milhões de pessoas em todos os continentes, em todos os cantos do mundo, tal como foi previsto por Eleanor Roosevelt.” Roosevelt foi uma das autoras e defensoras que apresentou a Declaração de trinta artigos, liderando a sua adoção pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 1948.
A lista de oradores incluiu embaixadores, entidades académicas e líderes religiosos, que frisaram a necessidade vital de melhorar os Direitos Humanos em todo o mundo perante as estatísticas, tal como cerca de 800 mil pessoas traficadas pelas fronteiras internacionais todos os anos com lucros anuais de até 7 milhares de milhões de dólares, e crianças vendidas para trabalhos forçados, prostituição, pornografia, remoção de órgãos, ou até mesmo como crianças soldados.
Num discurso comovente, a Sra. Allida Black, diretora e editora do projeto Eleanor Roosevelt Papers and Research Professor of History and International Affairs (Professor de História e Assuntos Internacionais, Trabalhos e Pesquisa de Eleanor Roosevelt) na Universidade George Washington, disse que o fracasso em implementar a Declaração Universal dos Direitos do Homem seria como “cuspir sobre o túmulo de Martin Luther King, cuspir sobre o túmulo de Mahatma Gandhi, ou trair Nelson Mandela.”
A Sra. Anne Archer, atriz nomeada para os prémios da Academia e fundadora de Artistas pelos Direitos Humanos, apresentou o Prémio de Ativista de Youth for Human Rights 2009. Os premiados incluíram Georgi Naydenov, diretor da Fundação Ajuda aos Necessitados, Bulgária; Petar Grigorov Gramatikov, do Centro de Diálogo, Bulgária; Niki Lanik, um piloto de corridas campeão do Reino Unido; e Tony Mathipa, um jovem ativista de Direitos Humanos da África do Sul.
O encontro também incluiu um workshop interativo de Educação dos Direitos Humanos e um serviço inter–religioso a unir e a encorajar as pessoas de muitas fés a procurar a paz.
Rukshan Fernando, 17 anos, delegado do Sri Lanka declarou: “A Youth for Human Rights International é um farol de esperança num mar de escuridão e será a voz do futuro, quando outras vozes estiverem perdidas no passado.”
A Sra. Ndioro Ndiaye, Diretora–Geral Adjunta da Organização Internacional para a Migração (OIM), deu como exemplo a chamada da Youth for Human Rights para o fortalecimento e responsabilidade de todas as pessoas como um exemplo da “máxima de Ghandi ‘você deve ser a mudança que quer ver no mundo’.”
A primeira Cimeira dos Direitos Humanos foi realizada em agosto de 2004, na sede das Nações Unidas e UNICEF House na Cidade de Nova Iorque e tem alternado com Los Angeles todos os anos desde então e até este ano. Em 2005, a cimeira foi realizada em Los Angeles; em 2006, em Nova Iorque, novamente, na sede das Nações Unidas; em 2007, na Universidade da Califórnia, Los Angeles, e em 2008, na sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
A Youth for Human Rights International é uma organização sem fins lucrativos e laica fundada em 2001 pela educadora Mary Shuttleworth para ensinar os Direitos Humanos aos jovens. A Youth for Human Rights International (YHRI) dá aos jovens a consciência e o conhecimento do que é a Declaração Universal dos Direitos do Homem através de concursos de dissertações e arte, fornecendo materiais para estudantes e guias de ensino para as escolas.